Parceria vai incentivar a participação de grandes indústrias brasileiras na feira que, para o próximo ano, terá área de exposição 60% maior na comparação com a primeira edição
A ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos) repetirá a bem-sucedida parceria com a Koelnmesse do Brasil para a realização da 2ª edição da ANUFOOD Brazil, Feira Internacional Exclusiva para o Setor de Alimentos e Bebidas, que ocorrerá entre os dias 9 e 11 de março de 2020, no São Paulo Expo. Para João Dornellas, presidente Executivo da ABIA, o objetivo da parceria é apoiar a participação dos associados, que incluem grandes players da indústria, no evento.
“A primeira edição da ANUFOOD Brazil recebeu mais de sete mil visitantes de 39 países e pode ser considerada um sucesso. Eventos como esse são muito importantes para atrair investimentos e fomentar negócios no setor de alimentos brasileiro, o mais importante da nossa economia”, diz o executivo.
Diante desses resultados, Dornellas avalia que o evento deste ano superou as expectativas tanto da entidade quanto de seus associados. “A ABIA ficou muito satisfeita com o resultado do evento, principalmente pelo alto nível dos debates promovidos e pela qualidade das empresas expositoras”, analisa. “As indústrias de alimentos veem com bons olhos a iniciativa de trazer para o Brasil a maior feira de alimentos do mundo. Esperamos que em 2020 a edição brasileira seja ainda maior, quebrando o recorde de visitas alcançado em 2019”.
O executivo acredita que a recuperação econômica do Brasil e o retorno mais acelerado de investimentos por parte da iniciativa privada serão capazes de melhorar o ambiente de negócios. “No setor da indústria de alimentos isso não é diferente. A ABIA está otimista que, ainda neste ano, o mercado apresente recuperação. É importante ressaltar que significativa parcela da receita da indústria de alimentos dá-se no mercado externo, sujeito, portanto, a oscilações cambiais. Neste momento, a projeção para as vendas em termos reais fica próxima a 2% em 2019. Sobre exportações, a perspectiva é de encerrar o ano com vendas em valor próximas ao do ano anterior, de US$ 35 bilhões”.
Para o diretor-geral da Koelnmesse, Cassiano Facchinetti, a parceria com a ABIA e as demais associações que representam as empresas do setor é estratégica. “A feira é totalmente apoiada pelas entidades do setor, o que consegue mobilizar os segmentos de alimentos e bebidas e enriquecer o debate e a busca de soluções para problemas comuns desses empreendedores”.
No total, o setor de alimentos teve um crescimento no faturamento em 2018 de 2,08%, alcançando R$ 656 bilhões, somadas as exportações e as vendas para o mercado interno, o que representa 9,6% do PIB, de acordo com pesquisa conjuntural realizada pela ABIA.
A indústria de alimentos gerou 13 mil novos postos de trabalho em 2018. O total de investimentos em ativos e fusões e aquisições alcançou R$ 21,4 bilhões, um aumento de 13,4% contra os R$ 18,9 bilhões de 2017.
O bom desempenho do consumo no mercado interno se manteve e absorve, segundo a associação, cerca de 80% das vendas da indústria. O crescimento foi de 4.3%, somando-se o aumento das vendas no varejo e no segmento de alimentação fora do lar (food service).
Exportações de Alimentos Industrializados
O Brasil é o segundo maior exportador de alimentos industrializados do mundo. O setor exportou, no ano passado, para mais de 180 países, o que representou 19,3% do volume total de vendas.
O destaque significativo ficou para a China, que além de ser o principal importador do Brasil, registrou um aumento de 37,6% em relação a 2017. A Holanda apresentou crescimento de 4%, seguido dos Estados Unidos que apresentou crescimento de 3%.
No ano, as exportações apresentaram uma queda na ordem de 9,8%, fechando 2018 em US$ 35,1 bilhões de alimentos industrializados contra US$ 38,9 bilhões registrados em 2017.
De acordo com os dados da ABIA, o setor da indústria de alimentação é o que mais emprega no país. Formado por 35,7 mil empresas, é responsável por 1,61 milhão de empregos diretos, respondendo por 26,8% dos empregos da indústria de transformação. Investe cerca de 3% do faturamento anual em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), novas plantas, novos produtos e marketing. Representa ainda, em alimentos processados, 50% das exportações do agronegócio de alimentos e 18% das exportações totais brasileiras.